Mulherzinha.com
Para todas as meninas que se identificam com essas histórias. Para todos os meninos curiosos sobre as manias femininas. Para os desinformados que acreditam que mulheres são anjinhos infantis e intocáveis. Para os machistas e para as feministas me odiarem. E, finalmente, para que eu não me sinta uma louca cheia de manias estranhas e encontre parceiras nas maluquices.


quinta-feira, fevereiro 27, 2003  

Meus dois vicios

Estive pensando outro dia: minha relaçao com os meus namorados é a mesma que com o meu cigarro. Uma coisa meio doentia, viciante, de quem precisa daquilo, mas que na verdade nao agüenta mais aquela vida sem saude. Pra quem nao sabe, parei de fumar ha um mês. Eh uma conquista, claro que é. Mas continuo recorrendo ao meu amiguinho nicotinado a cada noitada em que o gim esteja presente.

E é igualzinho com o meu ex-namorado. Estou solteira ha um mês e ainda, de vez em quando, furtivamente, roubo uns beijinhos dele, pra matar as saudades. Em ambos os casos, a culpa bate um pouco. Mas eu dou um pontapé e ela vai longe: sou careta no dia-a-dia mas mole mole de perder a responsabilidade.

Outra caracteristica: quando parei de fumar, senti um aperto no coraçao, pensando: “ai, ai, nunca mais vou dar um trago de cigarro...” Lamentava o prazer que eu me negava, em prol do bem-viver. E quando terminei o relacionamento, adivinha o que eu pensei: “sem mais beijos no gatinho...” e o famoso aperto no coraçao, de tristezinha boba. Tristeza que so surge pela perda do prazer momentâneo e, por isso mesmo, charmoso e irresistivel.

Meus dois vicios. Os mais importantes da minha lista interminavel de manias e dependências quase quimicas, junto com Nescau, Sex and the City, gim, minimo de duas noitadas por semana, minimo de dois livros por vez, filminhos, fotinhos e tudo o que a vida pode me dar de prazer terreno. Ai, criaturazinha mundana que eu sou.

posted by Unknown | 3:09 PM


terça-feira, fevereiro 11, 2003  

Homem-tabuleiro

Depois de 25 aninhos de praia, descobri que soh nao tenho paciência para um tipo de homem: o que gosta de jogar. Aquele que, antes da gente ligar, tem que ficar imaginando quais as frases e entonaçoes usadas corretamente a fim de que os movimentos saiam perfeitos. Porque qualquer erro - bam! Lah se vai o respeito e a admiraçao duramente construidos em cima do imaginario do homem-tabuleiro.

O homem-tabuleiro cansa porque ele nao admite nem um segundo de exitaçao. Bastou um clima de insegurança para ele sentar no trono, colocar a coroa e agarrar o cetro. Ele passa a agir como se fosse o rei e você, coitadinha, um reles peao na vida sentimental dele.

Pior que sei exatamente quais lances devo dar para prender definitivamente o homem-tabuleiro. Soh que eu, quando estou empolgada com alguém, paro de jogar. Eh o meu defeito. Meu anjinho diz: "Hei, você nao deveria fazer isso, você nao vai se dar bem assim..." e eu respondo: "Que se dane" e acabo entregando de prato cheio todas as minhas peças. Achando que a gente jah passou daquela época de ter que manter o cavalo e a rainha pra que o jogo dure mais. Acabo entregando tudo e depois fico ferrada, porque o homem-tabuleiro leva a melhor sem ter a minima noçao do que estah fazendo.

E, depois de perder pro homem-tabuleiro, a gente sabe exatamente onde errou, e é capaz até de retomar o jogo, se quiser. Mas daih começamos a nos questionar se o homem-tabuleiro estah valendo tudo isso... Porque pensar em cada passo é chato demais. E, cah pra nos, eu nunca tive muita vocaçao pra peça de Banco Imobiliario.

posted by Unknown | 1:55 PM
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